Take Chances. Regret Nothing. Live.

13 de abril de 2011

You are the love of my life and it kills me

Ela estava sentada na sua cadeira de palha, na varanda.
Com os braços no ar, erradiados pelo sol quente de Outono. O seu corpo movimentava-se lentamente para um lado, para o outro, para um lado, para outro. E os braços acompanhavam o movimento.
Estava com os phones nos ouvidos, os olhos fechados e um sorriso leve cahapado na cara redonda. Os seus cabelos ruivos esvoaçavam em sintonia com a brisa fresca.
As suas pernas esguias e pálidas, baloiçavam de um lado para o outro.
Levantou sensualmente, deixando sem querer escorregar uma alça do vestido pelo ombro.
Os seus lábios mexiam-se á medida que a música tocava. Fazia umas caretas engraçadas.
Aproximou-se do extremo da varanda e começou a saltar de forma realmente atraente.
O Vestido curto cinzento subia lentamente pelas suas pernas.
Ela estava a dançar, sensualmente, em paz. Com os olhos fechados, não vendo nada, a não ser a sua alma. Sentia as batidas da música no peito, e exemplificava-o assim nos seus passos de dança.
Contraía, relaxava os musculos… Tocava nos joelhos, nas coxas, e ia subindo a sua propria mão até á cintura, seguindo para o rosto, onde com os seus dedos finos e elegantes, passavam entre a boca até aos cabelos. Era o seu momento, única, e sozinha.
Ele, do outro lado da rua, escondido entre as cortinas, observava-a. Os olhos rasgados espreitavam entre a janela. Adorava-a ver assim. Ela fizera sempre isto, todas as sextas-feiras. Ele já sabia que naquele dia, ela estaria a dançar na varanda, quer estivesse chuva, neve, sol. E por isso, ele estava sempre á janela, mas sem ser visto. Isto porque tinha a noção que se fosse visto, a rapariga nunca mais dançaria, pelo menos ali.
E ele não queria isso. Queria vê-la dançar todas as semanas. Era o único momento que a podia observar  á vontade,que a podia desejar á vontdade. Ninguem estava lá. E isso tornava perfeito.
Ela retirou os phones. Guardou-os no seu vestido. Voltou a realidade. A sua vida não era pacífica, calma, nem cheia de sensualidade. Era simples e só.
Ele retirou-se da janela rapidamente. Não podia ser visto. Ele amara-a á tanto tempo, mas nunca conseguiu dizer nada.
Ela, amava o seu vizinho da frente. Via-o sempre ao fim da tarde a chager de bicicleta.
Queria falar com ele,mas não conseguia.
Queria falar com ela, mas não conseguia.
«Eu amo-te rapariga.»
«Eu amo-te rapaz.»

Ambos voltaram para o seu quarto, sentaram-se na cama e pensaram:
Se ela/ele ao menos soubesse, talvez o meu mundo seria muito, mas muito mais fácil.You're the love of my life and it kills me.

(Inventado)

3 comentários:

Not Carrie Bradshaw disse...

Ouh, muito obrigada (:

Eu acho que não está nada de especial*

Anónimo disse...

very good (x

vera sofia disse...

obrigada querida :)